miércoles, 28 de noviembre de 2007

"Portunhol salbaje"

Brasileiro chega a uma lanchonete de Buenos Aires e dispara: "Por fabor, me bê una Cueca-Cuela?". Cuando se fala no portunhol, é numa cena assim que todo mundo pensa, escreve Sylvia Colombo na Folha de São Paulo.
Mas é obvio. Tem teorias para tudo. Invenções, pensamentos. Surge agora um movimento literario formado por escritores do Brasil, do Paraguai e da Argentina que lançam uma espécie de manifesto em defesa do "portunhol salbaje".
Eu luto para não fazer parte deste movimento. O tempo do esperanto foi outro, e a globalização fica para o McDonalds. Obrigada.
O movimento é contra a versão turística da mistura entre o português e o espanhol... Eu prefiro ficar em ambos os lados.

Já pensaram?

"Mio korazón jaz en el piso úmido del barracón en um terreno baldio a orillas del Apa, sepultado por Basano La Tatuada, líder de la pandilla paraguayensis de Bella Vista Nuerte. Isto aconteceu el dia de la batalha de Ñandipá, enkuanto mosuqetones y espadas floresciam a la superfície de la tierra adubada por sangre brasilera -aquella fue nostra mais fragorosa derrota. Pero en território propício alimentado por las águas bermehas del rio, mio korazón ainda pulsa. Kuando lo metí al tal pisante chino en la mielda empoçada después de la cerca cobierta por uña-de-gato, puedo ver El Pan y Nemecek que me esperan. Estabam llenos de bodoques y los alforjes de caraguatá embolotados, llenos de mamonas".

Trecho de Monarks Atravesan el Apa, de Joca Reiners Terrón.

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